quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Descoberta do Dia

Descobri este blogue: http://riyria.blogspot.pt/ e estou completamente rendido. Vale a pena ler, explorar e acima de tudo, aprender. Podem ter uma opinião diferente da minha, mas eu gostei muito!

sábado, 24 de novembro de 2012

Computer Out

Vou para a caminha quentinha, ouvir a chuva e ler isto:

A foto não é minha (os créditos estão na imagem) mas foi só porque não me apeteceu andar a tirar fotografias a esta hora. Depois digo como correu!

24-11

Passaram 13 anos desde que te vi pela primeira vez. Desde que cai no teu sorriso, me fui afogando no mar das tuas palavras, desde que perdemos a noite a falar de tudo e de nada, mais de nada. Foi nessa noite que me apaixonei. Não mais tarde, com tudo o que se passou. Foi a esse momento que fiquei agarrado como uma droga, era a essa altura que voltava sempre que perdia as forças, era o teu olhar nesse dia que procurava sempre que a vida me dava mais uma martelada e me enterrava cada vez mais fundo no poço de desespero de que só hoje, timidamente, vou saindo.
Tinhas a lua e as estrelas no teu andar. Movias-te como uma sombra, e mesmo assim ofuscavas todos em teu redor. Recordo-me das coisas mais estúpidas, da forma como fumavas, da marca que fumavas, do cheiro do teu perfume misturado com o cheiro do teu corpo.
Merda, como é o que o tempo passou assim? O que foi feito de nós? Dos nossos sonhos, das nossas promessas, da nossa vida? Como chegámos a este ponto, em que te quero telefonar, em que te quero escrever, em que quero falar contigo e não posso? Como é que chegámos ao ponto do único contacto que tenho contigo ser aquela flor, aquela única flor que te deixo no relvado do Alto de São João todos os anos?
Como é que te transformaste em pó? Como é que a merda do Universo pode ser tão injusta para te levar assim? Como podes ter feito o que fizeste? Não quero que penses que te aponto o dedo, pois não o faço. Apenas queria que estivesses aqui, foda-se. Hoje mais que nunca. E amanhã vou querer ainda mais que hoje. Nunca me esqueci de ti. Nunca me esquecerei de ti. As boas memórias misturadas com as horríveis, o teu corpo, as tuas mãos dadas com as minhas, o sítio escondido do qual vi o teu funeral, pois não me queria mentalizar que tudo pudesse ter um fim tão definitivo... tão real.
Só queria puder falar contigo uma vez mais. Queria pedir-te desculpa por tudo o que não consegui fazer. Queria pedir-te desculpa por ainda não ter cumprido todas as promessas que te fiz. Queria pedir-te desculpa por não te conseguir esquecer.
Enfim, que fiquem as boas memórias no resto do tempo. Que tudo o que te prometi vai ser cumprido, não tenhas dúvidas. Se não for hoje, amanhã será. Preciso de o fazer para puder viver... para puder respirar.

terça-feira, 30 de outubro de 2012






Como isto anda, é o que me apetece dizer. E uma boa tarde para todos.


sábado, 13 de outubro de 2012

Pequena Morte


Quero mergulhar no teu corpo
Ficar preso nas tuas garras
Voltar à vida depois de morto
Libertar-me de todas as amarras
Percorrer todas as vielas imorais
Sentir o mundo a desabar
Sem medo nem jogos sentimentais
Estamos todos fartos de amar
Quero que o mundo acabe
Que nos tornemos animais
Faremos coisas que nem o demónio sabe
Sejamos por uma vez surreais
Não saberei quem és
Deixemos tudo à sorte
Cairei a teus pés
Até que venha a pequena morte

sábado, 29 de setembro de 2012

Outro Desabafo

"Erros meus, má Fortuna, Amor ardente 
Em minha perdição se conjuraram; 
Os erros e a Fortuna sobejaram, 
Que para mim bastava Amor somente. "
Luís Vaz de Camões



São 6 da manhã. A casa está vazia, lá fora a noite ainda reina e eu não sei porque escrevo estas palavras que pouca gente lerá, e que ainda menos compreenderá.
Este é o desabafo de alguém que se tornou vazio, louco e sem destino. Alguém que já não distingue a realidade, que não sabe para onde vai nem sabe quando vai terminar esta dor.
A verdade é que tentei, de todas as formas, esquecer. Fui a sítios que não queria ir, embrenhei-me mais que nunca na escuridão e não sei se alguma vez encontrarei o caminho de volta. A alma dói-me mais do que alguma vez me doeu ao escrever isto. Sei que me fazes muito mais falta do que eu alguma vez te fiz a ti. Sei que a culpa disto é minha, sei que nada posso fazer para que as coisas voltem a ser como eram. Tremo como um louco, sinto a tua presença ao escrever isto, estás no meu pensamento a todas as horas e a todos os minutos. Sou um idiota, é isso que eu sou. Amei-te desde o primeiro dia em que te vi, mas devia ter percebido, na mesma hora, que eras demasiado, que estavas demasiado distante para eu te poder alcançar.
Como se pode alcançar uma estrela? Como se pode definir algo que é etéreo, que não existe na mesma realidade que nós?
Não sei amar. Nunca soube. Não compreendo sequer o amor. O que me trouxe ele? Desilusões, afastamentos, sofrimento e loucura. Sou demasiado estúpido para amar. Aquilo que outros passam, em mim fica. Não sei deitar as coisas para trás das costas e fingir que está tudo bem, que nem sequer quero saber. Não está tudo bem, foda-se. Não sei sequer o que dizer. Antes, as palavras ficavam enroladas na garganta, agora ficam no teclado. Só contigo podia desabafar... agora nem isso. Mais valia que caísse o mundo. Que desaparecesse tudo. Que acabasse o sofrimento. Que se lixe. Sou poeira e a ela hei-de voltar.

Desafio

Resolvi tentar ler isto de novo. Comprei-o para a faculdade, li duas vezes e acabei por nunca mais ter vontade. Mas como não tenho mais nada de bom para estragar os olhos e melhorar a mente, teve que ser:


E que Zeus me ajude.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Recomendação

Como eu sou um procastrinador (não sei se a palavra existe, mas também não me interessa, são 4 da manhã e eu tenho mais que fazer do que estar a preocupar-me a verificar - ou talvez não tenha, já nem sei) nato, e estou desesperadamente a tentar impedir-me de cair no sono, andei a dar uma volta pela web e lembrei-me de vos recomendar este blog, porque é decididamente uma boa leitura: http://asminhasquixotadas.blogspot.pt/

Vá, agora dêem lá um salto e deixem de vir a esta desgraça de amores oprimidos e de adulto com sentimentos adolescentes.
Divirtam-se.


P.S.: Não me encomendaram a publicidade!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Nada


Estou aqui perdido. Sem sítio para onde ir, relembrando conversas que já lá vão. Olha para o dia lá fora e não me apetece enfrentá-lo. Apetece-me simplesmente ficar fechado fora do mundo, sem que ninguém me diga nada, já que a única coisa que me apetece ouvir sei que não ouvirei.
Já não sei exactamente para onde me virar... Aliás, já não sei porra nenhuma. As noites sucedem-se aos dias, os dias sucedem-se às noites, numa interminável aglomeração... de nada.
O silêncio oprime mais que um grito. Acendo um cigarro, outro cigarro, engulo a nicotina apenas para que me inebrie. Não tiro prazer dos cigarros fumados, já não retiro prazer de nada.
Sinto-me cansado. Cansado de tudo. Dói-me mais a alma do que alguma vez me doeu o corpo. Não me apetece lutar contra o desespero, não me apetece sair do buraco. Sinto-me como se me estivesse a afogar e perdi a vontade de nadar.
Já andei movido pela raiva e pelo amor. Ambos sentimentos fortes e que doem, mas que me faziam viver. Agora não tenho nada que me faça mover. A minha vida resume-se a sair de casa, estar com pessoas que não quero estar, cumprir as minhas obrigações sem vontade, olhar para o computador, olhar para o telemóvel à espera de uma chamada ou de uma mensagem que sei que não vai acontecer e ter pesadelos acordados com o que nunca vai ser.
A incerteza que me assola é imensa. Já nem sei quem sou. Não sei onde está a minha alma, deve ter sido roubada. Ou então vendi-a ao diabo e não me lembro. O inferno que se apoderou do meu cérebro queima toda a vontade de fazer o que quer que seja para mudar isto.
E acendo outro cigarro. O fumo é tudo o que me resta. O estado de felicidade química que não me deixa lembrar da merda que se tornou a minha vida.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Carta de Um Soldado (em Homenagem ao Corpo Expedicionário Português)

Está tanto frio. Meu Deus, como está frio. Só vejo lama e pessoas feridas à minha volta. O cheiro a carne putrefacta entranha-se na minha pele, como marca indelével do horror que me espera. Ouço metralhadoras ao longe, obuses a cair aqui perto. Os corpos avolumam-se, a morte toma tudo de assalto, para onde quer que me vire vejo um cadáver, um corpo vazio de toda a sua alma. Para o padre da minha aldeia que me dizia que iria para o Inferno quando morresse, que fique contente: ainda estou vivo, e já cheguei ao inferno.
Gritam-nos ordens em Inglês, em Francês e em Português, mas ninguém as cumpre. Temos todos demasiado medo, estamos todos paralisados de terror, para fazer o que quer que seja. Porque estamos nós aqui? Qual a razão para estarmos a cair como tordos neste pardieiro imundo? Disseram-me que os nossos aliados precisavam de nós e que não os podíamos deixar sozinhos. Quais aliados? Não vejo ninguém aqui a ajudar-me. Morremos sozinhos, sem uma palavra amiga daqueles que nos mandaram para aqui. Não vejo nenhum político. Não vejo nenhum general. Estão todos bem lá atrás da linha da frente, bem seguros nas suas fortalezas. Talvez se rendam quando a guerra acabar. Serão bem tratados e nem por um segundo se lembrarão dos milhares que morreram aqui. Escrevo para que a minha voz seja ouvida quando cair por fim, quando me juntar aos outros numa heróica queda pelo meu país, numa guerra que não fui eu que comecei. Quando cair a defender um palmo de terra num país que não é o meu, por causas que nem eu nem nenhum de nós entende. Mandaram-nos para aqui e deixaram-nos à nossa sorte.
Lembro-me da minha terra. Sei que nunca mais a verei, que nunca mais entrarei na casa dos meus pais. Imagino a minha mãe ao olhar para o prato vazio na mesa, a ver a cama que nunca mais será desfeita.
Morrerei aqui. Eu e milhares ou milhões como eu. Pessoas com famílias, com mulheres, pais e filhos. Será que os governantes pensam nesta geração perdida? Porque se pensarem não existirão mais guerras. A dor será insuportável e ninguém vai querer repetir. Se assim for, a minha morte terá valido a pena.


 Nota: Este é um texto de ficção. Não é, naturalmente, a verdadeira carta de um soldado. É uma homenagem, apenas. Qualquer inexactidão histórica é da minha responsabilidade e peço desde já desculpa por isso. Mas espero que o leiam exactamente por aquilo que é: homenagem.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Tiranos

Depois de meses sem escrever, porque nada me chamava a atenção neste país tão medíocre (medíocre não devido ao comum cidadão, apenas devido a quem se encontra no poder), eis que o nosso Primeiro-Ministro nos ataca com mais cortes, com mais "austeridade" (engraçado como a austeridade se aplica sempre aos mesmos), com mais roubos descarados ao bolso do zé-povinho.
Hoje escrevo devido a uma revolta imensa, a um ódio profundo por este governo, que nada faz para melhorar a vida de ninguém, excluindo aqueles que não precisam que a sua vida seja melhorada, pois já possuem mais do que todos os outros.
É esta a democracia que temos? Elegemos um governo (quer dizer, eu não elegi, mas tenho que levar com eles na mesma) que nos rouba, que nos espezinha, que ainda por cima vem para a televisão gozar connosco (se viram a entrevista de ontem sabem do que falo) e, porque esse governo possui uma maioria absoluta, nada podemos fazer?
Não me interpretem mal, sou plenamente a favor da democracia. Mas sou também a favor da possibilidade de remover pela força um tirano, alguém que não olha aos interesses do país e que vende a soberania nacional a uns quantos senhores da União Europeia e do FMI. Acho que já chega. Chega de mentiras, chega de serem sempre os mesmos (os que não têm qualquer culpa ou pelos menos têm muito menos culpa do que os outros) a acartarem com as consequências dos actos de quem está no poder.
É perfeitamente vergonhoso o que está a acontecer neste país. Passos Coelho refinou a arte da mentira, passou por cima de promessas que fez e foi exactamente pelo caminho contrário. Não estará na hora desse criminoso ser levado à justiça? Ele e todos os outros que endividaram o país, que viveram acima das possibilidades, que se auto-atribuíram salários principescos enquanto o resto do povo já se debate com o fantasma da fome?
Amanhã muitos de nós iremos para a rua. E como alguém disse, as revoluções não se anunciam. Acontecem quando têm que acontecer. Estejam atentos, tiranos deste país: talvez o poleiro não seja tão seguro como pensam.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Closure

Quero que se lixem
As mentiras inocentes
Quero que lixem
As paixões inconsequentes
Quero que se lixem
Os amigos de ocasião
Quero que se lixem
As loucuras por paixão
Na verdade
O que eu quero é paz
Contentar-me com o que tenho
Porque o que me foge
Falta não me faz

quinta-feira, 21 de junho de 2012

11 Minutos

Encontro-me mais uma vez aqui, perdido nos meus pensamentos, sem te ter presente a não ser na minha memória. Encontro-me numa encruzilhada, não sei se continuarei a lutar, não sei se terei forças para lidar com esta dor que me assola. A verdade é que o cansaço começa a apoderar-se de mim, as lágrimas começam a secar e a vontade de respirar por ti desvanece.
Acendo um cigarro. Aspiro o fumo, que me invade a alma, estrela cadente feita de sangue e ódio, alma vazia sem nada onde se agarrar. Tantas vezes me perguntas porque estou triste. Estou triste porque toquei a tua alma. Mais do que devia, mais do que queria e sei agora que foi um erro tremendo.
A mão treme-me, não sei para onde me virar. Quero estar contigo, mas não quero estar assim. Quero amar-te, mas não assim. Quero sentir-te, mas não assim. Porque não fazes um esforço para ficar com quem te ama e não com quem só te quer pelo corpo?
Dizes que não me queres magoar. Não o fazes. Só me entristece que mais uma vez faças a escolha mais fácil...

"vejo que aqueles q me tocaram a alma não conseguiram despertar meu corpo, e aqueles que tocaram meu corpo não conseguiram atingir minha alma."
Paulo Coelho

domingo, 17 de junho de 2012

Desabafos

Estou aqui mentalmente destruído pelas tuas palavras. Olho para a parede e vejo-te a ti, o que me disseste ressoa nos ouvidos, num loop constante, num ódio constante, numa desilusão constante. Dizes que nada pode acontecer, que somos demasiado próximos para algo, que tudo o que queres é não estragar o que temos, que eu pressiono, que eu te magoo, que não faço o teu género, que não sentes nada por mim. Sempre aceitei isso, sempre percebi isso, até perceber que o que te afasta é o medo. O medo de me magoar, não o de sair magoada. Se pensares em tudo dessa forma, se pensares mais nos outros do que em ti, nunca serás totalmente feliz. Se nunca fizeres um esforço, se nunca vires o que vai dar, nunca vais saber se daria certo ou errado.
Se sou melhor do que alguém? Hell no! Sou uma pessoa normal, com mais defeitos do que qualidades, com mais problemas do que soluções, com mais a perder do que a ganhar em tudo o que diz e em tudo o que faz. Não vou referir o teu nome, mas sabes perfeitamente que falo para ti. Não interpretes isto como um ultimato, não me olhes como um inimigo, não me afastes. O amor é uma merda, gostar de ti da forma como gosto é terrível, mas não fui eu que escolhi. Não posso combater o que sinto, por muito que me digam para o fazer. Não quero combater o que sinto, não quero fazer desaparecer tudo isto. Sinto-me enredado numa teia estranhíssima de paixão não correspondida, de amores desencontrados, de vida desfeita, de dores estúpidas e cruéis. Mas sinto-me vivo. Sinto-me absolutamente vivo e cada vez te amo mais. Envolves-te com outras pessoas para eu deixar de te amar... Nunca o farei. Não consigo fazê-lo. As lágrimas correm-me pela cara abaixo, a mágoa invade-me e a morte nunca mais chega...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

10/2012


Ainda não chegaste
E já és o meu mundo
Tudo mudaste
Penso em ti a todo o segundo
Só tenho uma razão para viver
É dar-te a mão
Ver-te crescer
Emprestar-te o meu coração
Não sei se estarei sempre
Nem sei se me vais procurar
Mas o que a minha alma sente
Nada vai mudar
Quero ver-te sorrir
Quero ouvir as tuas primeiras palavras
Quero ver-te a descobrir
Quero estar quando soltares as amarras
Não te dei a tua vida
Mas dou-te a minha
Quero ver a tua primeira corrida
Serás do meu universo a rainha!

(este poema tem uma dedicatória muito grande a uma pessoa muito importante, que virá alegrar a vida de outra pessoa também muito importante!)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Hino do Indignado

Sou pobre
E não sou feliz
Dinheiro é alegria
Não me interessa o que se diz
Não tenho dinheiro para comer
Quanto mais para viajar
Não sei o que fazer
Nem o que pensar
Ouço gritos de guerra
Mas vejo todos parados
Muita gente berra
Mas continuam todos sentados
Vejo bandeiras ao vento
Marchas de indignados
Vejo o país em passo lento
Vejo rostos fechados
Esvazio a carteira
E só tenho ar
Abro o correio
Só contas para pagar
Estou num buraco
Que não fui eu que cavei
Não sou piegas nem fraco
Mas já não sei
Quanto tempo vai aguentar
A minha sensatez
É tempo de me revoltar
Já basta de porquês
Saio para a cidade
Decidido a mudar
Do que me interessa a liberdade
Se ninguém me escutar?
Quero vê-los a fugir
Não quero mais explicações
Quero todos a agir
Assim começam as revoluções!

terça-feira, 6 de março de 2012

Praga

Digam lá se existe cidade mais bonita que esta:








Preciso urgentemente de voltar aqui... Alguém me faz companhia?

Nota: As fotos não são originais meus.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Névoa

Copo de vinho
Vida esquecida
Mortalha de linho
Inocência perdida
Envolvo-me em nevoeiro
D. Sebastião sem jeito
Escapo-me sorrateiro
Dum amor menos que perfeito
Corpo desnudo
Olhar que hipnotiza
Fico mudo
Sem saber o que precisa
Escudo-me na distância
Esquecendo o que sinto
Volta sempre a fragrância
E sei que de novo minto
Estou vivo mas sinto-me morto
Esqueleto andante que não cavaleiro
Sempre dizendo que não sofro
Sempre em cativeiro
Não me digam nada
Deixem-me quieto e parado
A minha dor calada
O meu rosto fechado
Se me cai uma lágrima
Deixem-na correr
Curando a minha lástima
Não vale a pena mexer...



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Lendo Isto

Estou a ler esta pérola sobre a Coreia do Norte:

Livro sobre expatriados do regime mais fechado do mundo... Vale a pena.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Sinto-me Assim:

São 5 e meia da manhã e eu continuo no PC... Já fumei 1 maço de tabaco e estou quase aos pulos... Alguém me dá uma marretada por favor?

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Liberta-me

Liberta-me
Nas asas do fim do mundo
Liberta-me
Nas aspas de um adeus
Liberta-me
Nas palavras que não dizemos
Liberta-me
Deixa-me fugir para um lugar melhor
Em que os teus olhos não me persigam
Em que as tuas dores não me aflijam
Em que tudo seja diferente
Liberta-me
Deixa-me ser descontente
Liberta-me
Arranca-me o coração de vez
Liberta-me
Não me peças sensatez
Liberta-me
Abraça-me por fim
Diz que tudo isto é um pesadelo
Diz-me por favor que sim
Liberta-me
Desta dor que me provoca
Das verdades duras
Liberta-me
Estou preso numa espiral
De desespero e amor
O mundo corre-me mal
E tudo perdeu a cor
Mata-me mais um pouco
Sem rodeios nem atalhos
Leva-me embora
Liberta-me...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

... II

Por vezes sente-se um ódio profundo, não se sabe bem porquê. Uma dor constante que nos assola, que não nos deixa dormir um minuto, que nos faz chorar lágrimas de sangue e de raiva... A vida prega-nos partidas engraçadas. As coisas surgem do nada, de todos os lados, de lado nenhum e de repente um dia que tinha tudo para ser um pouco melhor, torna-se de novo um vale de lágrimas e de solidão.
Não sei que mais posso dizer, as palavras esgotam-se aos poucos, ficam presas na garganta e o coração é arrancado aos poucos, cai no chão e fica ali, partido e sem ninguém, sem espaço para mais ninguém, sem querer mais ninguém, ansiando para que finalmente o queimem e o deixem em paz.
A morte neste momento seria quase uma libertação. Fuga desta insensatez, desta vergonha que me consome... Não tenho nada, perdi todas as defesas quando olhei pela primeira vez para ti. Ficarei aqui, pensando no que nunca será e à espera que alguém me dê a mão e me leve para longe de tudo.
Camões disse que "amor é fogo que arde sem se ver"... Mentira... Vê-se até demais.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Niniam

Será que é hoje que te esqueço? Que paro de pensar no que aconteceu, nos teus olhos a chorarem, na tua face tão bela, no teu perfume? Será que é hoje que me deixo ir e me esqueço da dor que me assola todos os dias, quando percebo que te perdi por minha culpa e que nunca mais te verei? Será que é hoje que tenho uma vida normal, que volto a amar alguém como te amei a ti, sem pedir nada em troca, apenas amar por amar, desinteressado de tudo?
Não será hoje. Por muito que apareça outra pessoa na minha vida, por muito que o desejo seja grande, por muito que a ame, nunca será igual. Quero-te aqui de novo, quero-te ao pé de mim, quero que as tuas asas me cubram mais uma vez, quero aconchegar-me em ti e deixar de me sentir perdido todos os dias. Quero que o mundo volte a ser um lugar belo, em vez de um sítio de trevas e desilusão.
Todos os dias fico triste por não te ter. Por tudo o que te fiz passar, por tudo o que passámos juntos, por ter ido ao fundo do poço para te salvar e nunca ter conseguido. Desci o mais baixo possível e levantei-me, mas com a perda da coisa que me era mais querida. Não te esquecerei, Niniam. Estaremos juntos, mais cedo que julgas.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

São Servidos?

Isto vai ser o meu jantar, mas infelizmente não ficou tão bonito porque eu não sei cozinhar. De qualquer maneira, se forem servidos, o convite fica feito.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

...

Uma crise criativa é uma das piores coisas que me pode acontecer. Parece que estou sem ideias, que fico manietado, sem saber bem o que dizer nem escrever. Passaram tantas coisas por mim nos últimos tempos que em alturas melhores dariam um bom texto, e agora limitei-me a deixar fugir entre os dedos essa areia de inspiração.
Acho que me sinto cansado. Cansado do mundo, cansado dos problemas, cansado de mim próprio. Quem me dera poder trocar a pele em que vivo e a minha maneira de ser e de repente ser alguém completamente diferente, um recém-nascido sem nenhuma das coisas que me pesam hoje e me hão de pesar sempre. Infelizmente a vida não possui um botão de rewind nem de delete, por muito jeito que isso me desse, portanto tenho que arcar com as consequências dos meus actos e dos meus erros.
A tristeza e o arrependimento consomem-me todos os dias um pouco, levam um pouco mais da minha vontade de viver e de criar. Sempre me virei para o papel para desabafar, e perdi um pouco a interacção humana, mas agora nem o papel me alivia. Parece que tenho sempre um grito preso dentro da garganta, que por mais que expulse não sai. As ideias acumulam-se, mas exprimi-las torna-se cada vez mais difícil. Sinto uma angústia constante que não percebo de onde vem nem o que me vai fazer, mas que não consigo debelar. Enfim, se alguém tiver a solução, por favor digam-me.