segunda-feira, 31 de maio de 2010

Addicted

O mundo é-me indiferente
Na verdade já não quero saber
Tenho o coração dormente
De que me vale a vida
Se estou sempre a morrer?
Destruo-me aos poucos
Embrenho-me na solidão
Somos todos loucos
E eu caminho para o caixão
Sou vampiro de emoções
A noite é minha amiga
Não resisto às tentações
A minha vida cabe numa seringa
Já nem tenho prazer
Ando num sonho constante
Não me interessa a quem possa doer
Já estou muito distante
Plano por cima da minha vida
Como se fosse alguém diferente
Sou como um suicida
Só que morro lentamente


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sou

Sou poeta sem valor
Mas persisto em escrever
Trovo o amor
Embora por ele vá morrer
Sou desterrado dentro de mim
Refugiado de causas perdidas
Não tenho principio nem fim
Sou as palavras nunca lidas
Sou menos que nada
Na verdade já não existo
Sou a minha própria madrugada
Mas de chegar a ser dia desisto
Sou estátua esquecida
Na confusão da retirada
Sou a depressão suicida
Da pessoa nunca amada
Sou ponto final
De uma frase nunca escrita
Sou doente terminal
A minha doença é a desdita
Sou trovão e raio
De um Deus que ninguém adora
Sou chuvada no fim de Maio
Sou o minuto que falta na hora
Na verdade não sei já que digo
Nem sei porque o fiz
Só sei que quero que fiques comigo
Deixa-me apenas ser feliz...









quinta-feira, 27 de maio de 2010

Contrato com o Diabo

Ardo num fogo profundo
A minha vida é um inferno
Não sei se já bati no fundo
Ou se o castigo é eterno
Vendi a alma ao Diabo
Por um cigarro e uma paixão
O cigarro já foi fumado
E o resto foi só tentação
O meu fado é triste
Mas é de muitos mais que eu
O amor persiste
Em roubar-me o meu bocado de céu
Na verdade nem a poesia me alivia
Porque poeta não sou
A minha estrela já não me alumia
Um burro a levou
Nada do que digo faz sentido
Pois sou trovador dos apaixonados
Sou caso perdido
Canto os que nunca foram amados
A pena treme-me na mão
Pois o Demónio clama a sua paga
Cometi o pecado da Paixão
E a minha alma não será poupada
Já sinto o fogo ao longe
Sei que me vai queimar
Devia ter ido para monge
Quem me mandou a mim amar?



Inexistência Militante

Para quê ser livre
Se na verdade não o sou
Não sei de onde vim
Sei ainda menos para onde vou
Não existo sem ser na sombra
O silêncio é meu companheiro
Não tenho fé nem honra
Nem uma alma por inteiro...
Sou um filme a preto e branco
Uma música sem compasso
Vou-me sentando nas agruras da vida
E tudo se torna mais baço
Sorrisos sem sentido
Dou-os à noite e à Lua
Sinto-me perdido
E a minha mente está nua
Despido de mim próprio
Desta máscara que me atormenta
Já nem me tenho ódio
Apenas uma realidade em câmara lenta
Sou película partida
Copo estilhaçado
Sou fera ferida
Sou inimigo sem mudar de lado
Nada me sobrevive
Sou rei Midas ao contrário
A minha paixão pela vida não tem chama
Sou estrangeiro em solo pátrio
Tudo o que toco se transforma em lama
Sou fraco feito em forte
Sou prisão feita em liberdade
Sou vida feita em morte
Sou esperança feita em ansiedade!




quarta-feira, 26 de maio de 2010

Remember (A S.... B....)

Lembro-me de nós os dois à chuva, a passear a meio da noite naquela terra maldita. Lembro-me dos teus olhos, do fumo do teu cigarro, do teu perfume, das tuas mãos, da vida que emanavas. Falaste-me dos teus problemas, das tuas ânsias, dos teus projectos e eu falei-te de... nada. Estava demasiado concentrado a tentar perceber de onde tinhas caído, porque não acredito que existam pessoas como tu.
Não sei como me apaixonei por ti. Ainda hoje não o consigo explicar. Essa dúvida persegue-me, estavas demasiado out of my league, eras demasiado para mim. Lembro-me do primeiro charro que fumámos juntos. Mente nublada, sorriso nos lábios, éramos jovens e imortais, nada nos podia fazer frente.
Lembro-me do primeiro beijo, nada inocente, mas pouco mais do que isso aconteceu nessa noite. Não que não quiséssemos, mas estávamos demasiado pedrados para isso. Bad trip, acontece a todos.
Lembro-me da espiral de decadência. Lembro-me de preparamos a sopa juntos, lembro-me do garrote no teu braço, da agulha a espetar-se, da sensação de prazer que aquilo nos dava. Já não éramos um do outro, o nosso mundo resumia-se a ela. Fiz coisas de que não me orgulho e tu fizeste coisas que nem quero imaginar. Desceste ao ponto mais baixo do poço, e eu desci contigo, tentando salvar-te, mas ficámos lá os dois.
Lembro-me do último dia que estivemos juntos. Não me queria lembrar, mas é impossível. A casa desfeita, os pratos partidos, sangue no chão, e o meu mundo a desabar aos poucos. Andei, comprimidos no chão e tu caída a um canto, pulsos cortados. Lembro-me da carta que escreveste. Lembro-me de tudo.
O ódio do teu pai, daquele que te tinha tirado toda a inocência, a acusar-me de te ter feito aquilo. Amava-te, como poderia ele achar que eu era capaz de te magoar? Tiveste mais coragem do que eu. Desde ti, nada mais foi o mesmo. Até sempre. Havemos de nos encontrar, e ser felizes.

Livro Aberto

Leio-te de formas diferentes
Cada vez que te olho
Ódio ou Amor?
Não sei
Somos tão diferentes
E mesmo assim
És a minha lei
Sei que definho
Ao notar tua ausência
Queria ser indiferente
Mas sem ti caminho para a demência...
Porquê tudo isto?
Tantas lutas, tantas palavras
Tantos erros, tantas lágrimas
Sofro por ti
Ao ver-te afastar em direcção ao horizonte
Condeno-me a mim próprio
Mas o coração anda a monte
Porque não o disseste logo?
Porque deixaste arder o fogo?
Sem ti nada sou
Não sei por onde ando
Nem para onde vou...

Destruição

A noite abraça
As minhas esperanças
Mente embotada
No sabor de uma deusa branca
Silêncio opressivo
Palavras ao vento
Grito de revolta
Queria libertar-me
Mas já nem tento
Corres-me no sangue
Inebriando-me o coração
Sou sombra perdida
Em mar de paixão
Vielas esquecidas
Da cidade do meu ser
Sou humano aprendiz
Morrendo por morrer
E a tua inexistência
Tuas mãos suaves
Injectam-se no meu corpo
Para quê lutar?
Se na verdade já estou morto?


terça-feira, 25 de maio de 2010

Amor e Raiva

Pensando na vida. Pensando em todos os erros que cometi. Todas as pessoas que deixei para trás, todos os caminhos errados que cruzei, todas as encruzilhadas em que me perdi. Acendo um cigarro. O fumo inebria-me, faz-me lembrar tempos melhores, tempos em que a minha consciência estava mais embotada e não me deixava ver a maldade das pessoas.
Tenho saudades do estado químico de felicidade, da estrada para a perdição que me fazia sentir bem. Quero abraçar a noite de novo, e esquecer tudo o que ficou para trás. Está lua cheia, e naquele astro só consigo ver os teus olhos. Oprimes-me, como uma droga mais forte que a heroína. O meu coração pula só de te ver. Contorce-se de raiva ao ver-te a fugir ao longe, ao ver que sou bom o suficiente para ti, ao ver que me mentes e que te congratulas com o meu sofrimento. Preciso de algo que me faça sorrir.
As verdades são cruéis. O mundo é uma merda, e fica pior ainda quando tu me desprezas. Quando se entende das tuas atitudes que queres tudo menos estar comigo. Eu não existo, não sou ninguém. O meu grito não consegue que tu o ouças. Perde-se no vazio, no vazio dos teus olhos a olhar para mim, no teu ar de enfado. Perde-se ao ver-te a sorrir e a agradecer a quem gostas realmente. Não que tenhas nada a agradecer-me. Sou um parasita, nada que te chegue sequer aos calcanhares.
Frases feitas? Existem muitas, mas não quero que as digas mais. "Não te quis magoar", "Desculpa se te fiz sofrer, nunca o quis". Foda-se, se não me querias magoar não me humilhavas. Se não me querias fazer sofrer, dizias-me a verdade no primeiro dia. Quem me dera que me dissesses "Odeio-te" em vez de um "Sou tua amiga", para depois me mandares abaixo constantemente. Se me revolta? Claro que sim. Devias saber isso.
Sou casmurro e não falo. Tenho uma personalidade depressiva. Não tenho culpa de não ser tão brilhante como os outros. Não tenho culpa de não ser o poço de alegria que achas que eu deva ser. Não tenho culpa de te amar.
Não vou desaparecer do mundo. Vou levar a minha pena até ao fim, não tenho coragem para acabar com tudo. Temo o silêncio sepulcral da eternidade. Tenho medo do que vem depois. Queria ser feliz. Resta-me tentá-lo longe de ti. Esquecer-te de vez, apagar-te da minha memória. Tudo isto não passou de um sonho que se converteu em pesadelo. Se aquilo e aqueles em que acreditava ruíram, se o único sítio onde me sentia seguro foi varrido do mapa, para quê continuar? Para provar algo a alguém? Não me importa. Para te provar que posso ser feliz sem ti? Não o conseguiria, porque é mentira.
Pouso enfim o cigarro. Já não existe chama, nem a nicotina me anima. Este pequeno vício é a minha metáfora. Breves momentos de felicidade logo esmagados por uma mão mais forte. É tudo o que tenho dentro de mim para dizer. O espectáculo continua dentro da minha mente.
"Quando quiseres, estarei sempre aqui para ti. Nem que seja para que me odeies"

Felicidade

"Quem disse
Que não podes ser feliz?"
Disse o destino
Para o escritor aprendiz
"Disse a minha amada
Aquela a que olho em busca de luz
Arrancou-me o coração à dentada
Como deusa negra que seduz"
O destino respondeu
De forma branda e suave
"Amar nunca é o céu
E não ser amado não é assim tão grave"
O homem chorou
E a sua lágrima correu forte
"Se amar é bom
Porque é que só desejo a morte?"
Os dois ficaram em silêncio
Pois o Destino assim quis
Quando por fim falou
Disse numa voz troante:
"Amar é o inferno de Dante
Sete círculos sempre a descer
Pensar assim nada me diz
Para amar tens que sofrer
E o Amor nunca é feliz"

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Deus

Não acredito em Deus. Não acredito em nada superior. A nossa vida é terrena, uma pura passagem por este bonito mundo, uns sorrisos, umas paixões assolapadas, uns beijos roubados, sofrimento, alegria, erros, pequenos triunfos e imensas desilusões. E depois a Morte. Não acredito no Céu. E não acredito no Inferno. Não quero acreditar. Não tenho fé. Sou a negação de que Deus (ou Alá, ou o que quer que seja) é uma entidade boa.
No entanto, respeito as religiões. Odeio o fanatismo. Comunismo, Fascismo, Islamismo, Catolicismo. Tudo a mesma coisa. Verdades absolutas e incontestadas ditadas por entidades superiores. Não gozem comigo. Querem ter fé? Tenham-na. Não a tenham porque vos dizem para a ter, tenham-na porque se sentem bem com ela. Desconfiem de tudo o que vos seja imposto e de uma religião que vos sonegue os prazeres da vida com a ameaça da danação eterna. Podia desconstruir aqui metade dos supostos dogmas religiosos, mas sinceramente é uma questão de lógica. Basta verem. Portanto, acreditem se quiserem. Na vossa fé. Não na dos outros.
"I'm my only god"

Ódio (dedicado a todos aqueles que partem o coração aos outros).

Já não sei se te amo, se te odeio. Já não entendo o que fiz para merecer o teu desprezo, a tua frieza, os teus olhares assassinos e superiores, as tuas palavras duras, o estares sempre a enterrar-me no mais fundo do meu ser. Ao mesmo tempo, não consigo deixar de pensar em ti. Sobrevivo no meu sofrimento, congratulo-me de ser um joguete nas tuas mãos. Humilhas-me constantemente, sinto-me um pequeno ponto no livro da tua vida.
Algo dispensável, reciclável, reutilizável, substituível. Sirvo para quando não existe mais ninguém. Não me suportas, mas não tens coragem de mo dizer cara a cara. Pensas que prefiro chafurdar na lama do que sofrer o teu ostracismo. E tens razão. Fazes-me falta. Mesmo quando só me apetece chamar-te nomes, quando me fazes tremer, chorar, gritar, bater com a cabeça nas paredes, fazes-me falta.
Não te odeio, mas sinto um ódio latente pela maneira como me tratas. Não te entendo, mas tu nem sequer tentas que eu te entenda. Tudo o que escrevo é para ti. Tudo o que sinto é por ti. Muitas vezes penso que tenho que me afastar, mas sou arrastado que nem íman para o pé de ti. Quero estar longe, mas basta uma chamada ou mensagem tua para me alegrar o dia. Tenho medo de ti, intimidas-me. Mas sinto-me bem perto de ti. Amor ou Ódio? Não sei. Fazes-me falta, simplesmente.

Saudades...

Lembro-me do teu cheiro, mãe

Antes de partires

Lembro-me dos teus olhos, mãe

Antes de ires embora

Lembro-me de como me aconchegavas

E era tão bom

Lembro-me como me embalavas

Com teu doce som

Lembro-me dos teus passos

À saída

Lembro-me do teu rosto molhado

Na despedida

Tenho saudades tuas, mãe

Não posso estar longe

Quero os teus abraços, mãe

O tempo para estarmos juntos urge...

Adição

Deusa branca

De asas negras

Que me enfeitiças a vida

Com tua dança

Paraíso fluorescente

De morte e abstracção

Que me fazes doente

Me inebrias o coração

A minha mente está dorida

Minha prudência esquecida

Entrego-me de novo ao fumo

De uma mortalha acendida..

S

Não digas nada
O silêncio é melhor
Do que palavras duras
Deixa-me simplesmente olhar
E pensar em desilusões futuras
Sorri devagar,
Aprecia a minha dor,
Deixa-me apenas sonhar
Estar perto de ti basta
Não preciso de tocar
Deixa-me ser consumido
Por este fogo que alastra
Sufocar o grito de revolta
Pelo que não foi dito
Mas que foi lido
Teus olhos ferem
Como flechas apontadas
Peço-te silêncio
Não ligues a almas desgraçadas
Poesia não chega
Para descrever as minhas penas
Pouso a caneta
E deixo-me ficar a olhar
Apenas.

domingo, 23 de maio de 2010

Fim

Percebo-me mal
Pois sou inexistente
Alma irracional
Mente doente
Perdido na cidade
Que são os meus pensamentos
Afogo-me na imensidade
Dos meus lamentos
Nem a caneta já me liberta
Perdi a vontade de ser forte
Minha desilusão é uma porta aberta
Porta aberta para a morte
Sou negro e sombrio
Espírito penado sem salvação
Já nem com o amor me inebrio
E levarei as minhas ânsias para o caixão.

Manifesto contra o Amor

Não acredito no amor. Aliás, cada vez acredito menos. O amor é para quem é perfeito, bonito ou sociável. É para quem é mau. Não existe amor no sítio de onde venho, nem no sítio para onde vou. As minhas trevas não me permitem que veja nenhuma luz de compreensão ao fim do túnel, resignei-me a nunca esperar um abraço amigo, muito menos uma ajuda incondicional. Não acredito sequer na paixão, e o amor resume-se a uma montanha de falsidades e frases feitas. Mais vale que nos preocupemos só connosco, e que canalizemos as energias que despendíamos no amor para o ódio aos nossos inimigos. Viver como eremita, estar atento que nem víbora à espera do momento para atacar. Partiram-me o coração tantas vezes que ele já não se recompõe. Não me vou alimentar mais do meu sangue, alimentar-me-ei do sangue dos outros, das suas esperanças, das suas desilusões, dos seus erros. Não é uma perspectiva desalentada, nem uma perspectiva onde impere apenas a frieza. É o desencanto de perceber que para uns está reservada a felicidade, para os outros o suporte dessa felicidade. Mais uma prova que Deus não existe - se somos todos filhos dele, será que existem uns mais filhos do que outros?
Não penses que esta mensagem se destina só aqueles que me magoaram. Reflictam todos vós que enganam, que não se conseguem assentar - se são amados, correspondam. Não usem as pessoas. Para mim o Amor já não existe. Não quer dizer que não exista para outros.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Irracional

Não me consigo portar como um ser racional quando estou perto de ti. As mãos tremem-me, as palavras enrolam-se na garganta, o coração bate de uma forma descontrolada, os olhos percorrem todo o espaço à minha volta à procura de um porto de abrigo. Assustas-me. Intimidas-me. Pareces ser uma qualquer deusa num Olimpo só teu, sem pares nem superiores. Uma estátua. Uma daquelas estátuas que de tão belas não conseguem parecer reais. Um ideal de perfeição. Escrevo isto sem pensar. O meu cérebro já não pensa, a minha alma sente-se pequena, oprimida e sem sítio para onde se escapar. Tenho (ou tinha) tanto para te dizer, tantas coisas bonitas e estúpidas que estão aqui presas, como uma colónia de pensamentos só meus.
Nada tenho para te dar. Não sou ninguém, sombra de mim mesmo, perdido numa qualquer rua escura desta cidade caótica que é a minha mente. Sim, estou preso dentro de mim próprio. Não me compreendo, sou um ser estranho para mim. Vejo-me a uma distância razoável, e não consigo entender muita coisa em mim. Como poderias tu perceber? Para ti sou um livro aberto, mas todas as páginas estão em branco. Ou escritas numa qualquer língua morta que já ninguém entende.
Um achado arqueológico. Resquício de uma civilização esquecida, que nada deixou de interessante. Sou escrita cuneiforme, sou um caco partido que ninguém nunca vai perceber se é romano ou grego ou troiano ou o quer que seja. Sou um pequeno ponto no mapa, não sou suficiente para ser chamado história. O meu rasto não vai aparecer em nenhuma cronologia, nada vou deixar que chame a atenção. O que escrevo nada vale. Por muito que desabafe, estas palavras nada são, enquanto não as conseguir dizer a ti. Enquanto não conseguir materializar em sons aquilo que ponho em letras.
Não te amo. O amor é algo que vai sendo construído. Sei que a maior parte das pessoas não concorda comigo. Mas a verdade é esta. Não te amo, mas gosto de ti e não consigo estar muito tempo longe de ti. Soube-o logo da primeira vez que te vi. Acredito em ti. Sinto-me bem ao sentir-te perto de mim. Só isso. Mesmo que nunca chegues a saber, já foste o suficiente para que eu me sentisse melhor e para que acreditasse que afinal é possível. Só por isso mereces que te agradeça. Assim. Sem grandes dramas, sem grande palavras. Não direi "Amo-te", digo-te antes "Obrigado".