sábado, 28 de janeiro de 2012

Sinto-me Assim:

São 5 e meia da manhã e eu continuo no PC... Já fumei 1 maço de tabaco e estou quase aos pulos... Alguém me dá uma marretada por favor?

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Liberta-me

Liberta-me
Nas asas do fim do mundo
Liberta-me
Nas aspas de um adeus
Liberta-me
Nas palavras que não dizemos
Liberta-me
Deixa-me fugir para um lugar melhor
Em que os teus olhos não me persigam
Em que as tuas dores não me aflijam
Em que tudo seja diferente
Liberta-me
Deixa-me ser descontente
Liberta-me
Arranca-me o coração de vez
Liberta-me
Não me peças sensatez
Liberta-me
Abraça-me por fim
Diz que tudo isto é um pesadelo
Diz-me por favor que sim
Liberta-me
Desta dor que me provoca
Das verdades duras
Liberta-me
Estou preso numa espiral
De desespero e amor
O mundo corre-me mal
E tudo perdeu a cor
Mata-me mais um pouco
Sem rodeios nem atalhos
Leva-me embora
Liberta-me...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

... II

Por vezes sente-se um ódio profundo, não se sabe bem porquê. Uma dor constante que nos assola, que não nos deixa dormir um minuto, que nos faz chorar lágrimas de sangue e de raiva... A vida prega-nos partidas engraçadas. As coisas surgem do nada, de todos os lados, de lado nenhum e de repente um dia que tinha tudo para ser um pouco melhor, torna-se de novo um vale de lágrimas e de solidão.
Não sei que mais posso dizer, as palavras esgotam-se aos poucos, ficam presas na garganta e o coração é arrancado aos poucos, cai no chão e fica ali, partido e sem ninguém, sem espaço para mais ninguém, sem querer mais ninguém, ansiando para que finalmente o queimem e o deixem em paz.
A morte neste momento seria quase uma libertação. Fuga desta insensatez, desta vergonha que me consome... Não tenho nada, perdi todas as defesas quando olhei pela primeira vez para ti. Ficarei aqui, pensando no que nunca será e à espera que alguém me dê a mão e me leve para longe de tudo.
Camões disse que "amor é fogo que arde sem se ver"... Mentira... Vê-se até demais.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Niniam

Será que é hoje que te esqueço? Que paro de pensar no que aconteceu, nos teus olhos a chorarem, na tua face tão bela, no teu perfume? Será que é hoje que me deixo ir e me esqueço da dor que me assola todos os dias, quando percebo que te perdi por minha culpa e que nunca mais te verei? Será que é hoje que tenho uma vida normal, que volto a amar alguém como te amei a ti, sem pedir nada em troca, apenas amar por amar, desinteressado de tudo?
Não será hoje. Por muito que apareça outra pessoa na minha vida, por muito que o desejo seja grande, por muito que a ame, nunca será igual. Quero-te aqui de novo, quero-te ao pé de mim, quero que as tuas asas me cubram mais uma vez, quero aconchegar-me em ti e deixar de me sentir perdido todos os dias. Quero que o mundo volte a ser um lugar belo, em vez de um sítio de trevas e desilusão.
Todos os dias fico triste por não te ter. Por tudo o que te fiz passar, por tudo o que passámos juntos, por ter ido ao fundo do poço para te salvar e nunca ter conseguido. Desci o mais baixo possível e levantei-me, mas com a perda da coisa que me era mais querida. Não te esquecerei, Niniam. Estaremos juntos, mais cedo que julgas.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

São Servidos?

Isto vai ser o meu jantar, mas infelizmente não ficou tão bonito porque eu não sei cozinhar. De qualquer maneira, se forem servidos, o convite fica feito.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

...

Uma crise criativa é uma das piores coisas que me pode acontecer. Parece que estou sem ideias, que fico manietado, sem saber bem o que dizer nem escrever. Passaram tantas coisas por mim nos últimos tempos que em alturas melhores dariam um bom texto, e agora limitei-me a deixar fugir entre os dedos essa areia de inspiração.
Acho que me sinto cansado. Cansado do mundo, cansado dos problemas, cansado de mim próprio. Quem me dera poder trocar a pele em que vivo e a minha maneira de ser e de repente ser alguém completamente diferente, um recém-nascido sem nenhuma das coisas que me pesam hoje e me hão de pesar sempre. Infelizmente a vida não possui um botão de rewind nem de delete, por muito jeito que isso me desse, portanto tenho que arcar com as consequências dos meus actos e dos meus erros.
A tristeza e o arrependimento consomem-me todos os dias um pouco, levam um pouco mais da minha vontade de viver e de criar. Sempre me virei para o papel para desabafar, e perdi um pouco a interacção humana, mas agora nem o papel me alivia. Parece que tenho sempre um grito preso dentro da garganta, que por mais que expulse não sai. As ideias acumulam-se, mas exprimi-las torna-se cada vez mais difícil. Sinto uma angústia constante que não percebo de onde vem nem o que me vai fazer, mas que não consigo debelar. Enfim, se alguém tiver a solução, por favor digam-me.