segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sem Título...

Entre aspas
Vivo perdido
Livro sem capa
Cigarro esquecido
Sou tudo o que não existe
Perdido numa viela da vida
Sou o amor que desiste
Sou a ilusão perdida
Copo de whisky sem dono
Mesa de café abandonada
Sou a noite sem sono
Sou a paixão rejeitada
Sou a verdade presa
Sou grito insano
A minha única certeza
É que ainda te amo...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Lágrima

Uma lágrima cai
A vela alumia
O incenso queima
No púlpito
O discurso inflama-se
A cruz opressiva
O crescente assassino
Não tenho Deus
Não acredito no destino
Não creio em nada
Para além de mim mesmo
Sou uno comigo e com a minha mente
Eu sou o meu Senhor
Já nada me importa
Nem sequer a dor
Mais vale não ter fé
Do que orar a ídolos falsos
Não me ajoelho perante ninguém
Prefiro morrer de pé...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sorry...

Sinto-me triste. Não por culpa de ninguém, apenas por erros meus... Como diz o nosso grande poeta "erros meus, má fortuna, amor ardente"... Sinto-me envergonhado por algumas coisas que tenho feito nos últimos tempos, por algumas atitudes idiotas que tenho tomado, por muitas coisas insensíveis que tenho dito (e escrito)...
Sei que é difícil que me perdoem. Não levo a mal, porque mereço bastante esse ostracismo. As coisas não se esquecem, por muito que se diga que sim. Hoje tive uma espécie de epifania ao ver-te. Tive vontade de te pedir desculpa, de joelhos, ali à frente de toda a gente. Mas como sempre não tive coragem.
Gosto de ti. Quero voltar a ser teu amigo. Sei que a culpa de tudo isto é minha e apenas minha, e que me deste muitas hipóteses de me emendar. Não quero fazer-me mais de vítima, e a estupidez abismal a que te submeti faz com que seja difícil que isso aconteça. Peço-te desculpa do fundo do coração. E pedirei por palavras, assim que me dês um sinal que estás disposta a ouvir-me de novo.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Lembro-me (A Diana)

Lembro-me de noites passadas
Sob o olhar das estrelas
O sorriso bailando no teu rosto
Quando te dizia que irias tê-las
Lembro-me de ilusões de felicidade
Quando te falava do futuro
Perdidos longe da cidade
Rodeados por um muro
Lembro-me dos teus beijos
Do teu abraço sincero e forte
Lembro-me quando dizias
Que o amor supera sempre a morte
Fugiste para um mundo
Onde eu não cabia
Deixaste-me num buraco profundo
Lembro-me de ti por seres poesia...


terça-feira, 1 de junho de 2010

S II

Deusa cruel
Que me roubas a vida
Rasgas-me a pele
Deixas-me o coração em ferida
Nada que possas dizer
Vai alterar o que sinto
Podes-me fazer sofrer
Mas pelo menos eu não minto!
Odeio-me por te amar
Mas já não consigo resistir
Mais vale deixar-me levar
Mais vale desistir!