sexta-feira, 26 de julho de 2013

Fim

Este blog chegou ao fim da sua vida útil. Estou farto, irritado e sem ideias para continuar a escrever. Para além disso, está para aqui muito disparate que não interessa nem ao menino Jesus e também está muito mal organizado. Vou criar um blogue novo, que será actualizado mais frequentemente e com textos menos dramáticos e de melhor qualidade. Este ficará on-line mais algum tempo, até eu colocar o link para o novo. O Impressões despede-se hoje e diz até sempre.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A minha descoberta de Neil Gaiman

Nos últimos tempos, tenho andado ocupado a ler umas coisas do Neil Gaiman. Confesso que não conhecia o senhor (shame on me) e que me surpreendeu pela positiva.
Li três livros de uma assentada (a saber: Stardust, The Graveyard Book e Good Omens - este último em colaboração com Terry Pratchet) e todos eles me prenderam do princípio ao fim.
Façamos uma retrospectiva: The Graveyard Book centra-se num cemitério, em que um rapazinho cuja família foi assassinada é acolhido por pessoas que já morreram e que são bem mais confiáveis que os que estão vivos...Mete vampiros, lobisomens, assassinos, umas coisas esquisitas chamadas Ghouls e aves esquisitas. Acho que lá para o meio também aparece uma múmia. Em suma, é um livro em que a morbidez é deliciosa e divertida. Good Omens centra-se numa troca esquisita de um bebé e numa improvável (ou talvez não tão improvável, vá) aliança entre as forças do bem e do mal. Existem freiras satânicas, cães gigantes transformados em caniches, Bentleys assombrados e um grupo de crianças que furam a segurança de uma base militar. Por fim, Stardust. A sério que tenho que falar deste? Existe um filme. Mas pronto: uma estrela cai do céu, alguém a apanha para a entregar a uma femme fatale que não lhe liga peva e tudo se desenrola no meio de um país encantado (também existem assassínios e bruxas!)
Em jeito de conclusão, posso dizer que adorei todos os livros e que os recomendo sem qualquer problema.


1) The GraveYard Book (ed. Portuguesa - A Estranha Vida de Nobody Owens)
2) Stardust
3) Good Omens (ed. Portuguesa - Bons Augúrios)

Nota: Todas as imagens foram retiradas do site da livraria online Wook:

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Grândola, Vila Morena

Hoje um jovem (26 anos, logo é mais novo que eu) disse-me que não entendia porque é que os manifestantes tinham escolhido uma música tão rasca para cantar. Eu, embora a minha vontade fosse dar-lhe com uma pá no crânio e esconder rapidamente o corpo, lá comecei a explicar. Que a música (que para mim é das coisas mais belas que alguma vez foram escritas na nossa língua) tinha sido uma senha do 25 de Abril, que tinha o significado da liberdade que este governo nos está a tentar tirar, que para os nossos pais é a música que marca o fim de uma ditadura e a entrada numa democracia, por muito que esta esteja meio grogue.
Satisfeito com a minha explicação, apronto-me para partir para outro assunto (admito, era futebol) quando sou completamente surpreendido com esta pergunta, que cito textualmente: "o que raio foi o 25 de Abril?"
Pois bem, este rapaz, que é formado em Engenharia, e gozou os feriados todos que marcam esta data... não fazia a mais pequena ideia do que significava. Nem sabia quem era Salgueiro Maia. Sabia, de forma muito ténue, quem tinha sido Salazar (esse gajo ganhou os Grandes Portugueses, não foi?)
Minha gente, quando temos pessoas assim (que espero que sejam uma ínfima minoria), como podemos esperar que este país ande?


Injectem-me um arco-íris

Adição à felicidade. Estou farto de ser triste e mal-contente. Apetece-me, por uma vez, poder sair à rua e gritar que está tudo bem, que tenho quem quero ao meu lado, que tudo me corre bem e que a vida finalmente me está a retribuir tudo o que lhe dei. Apetece-me deixar de ter sucedâneos químicos da sensação de alegria, apetece-me olhar nos olhos de alguém e dizer que não preciso que me emprestes a tua alegria, que te posso dar um pouco da minha. Apetece-me tanta coisa.
Quero apaixonar-me de novo. Quero dançar à chuva sem me preocupar com o dia seguinte. Quero voltar a pensar com o coração e deixar de ponderar tudo três vezes antes de dizer e fazer. Quero sentir-me vivo, quero que o estado zombie em que me encontro à tanto tempo, à demasiado tempo, desapareça. Quero-te a ti. Quero que o fogo volte, que os sorrisos se multipliquem, que o mundo gire à tua volta, à minha volta - não orbite em volta de problemas. Quero tanta coisa.
Preciso que a música volte a tocar. Preciso de voltar a caminhar com um objectivo, não sem destino. Preciso que o meu cérebro seja desafiado, não que atrofie debatendo problemas insolúveis. Preciso que o meu país, que o meu continente, que o meu planeta deixem de caminhar para o abismo e voltem a ser lugares maravilhosos para viver. Preciso de tanta coisa.
Anseio por saber quem sou. Anseio por saber o que quero. Anseio por saber onde estás. Anseio por um dia em que tudo se encaixe e fiquemos juntos. Anseio pelo momento em que percebas que a felicidade não está em seguirmos caminhos separados, mas em lutarmos juntos para seguirmos o nosso caminho, por mais enviesado que este seja. Anseio por tanta coisa.
Existe tanta coisa ainda por fazer, por descobrir, por pensar, por sentir. Existe tanta felicidade por baixo das camadas de tristeza e desespero. Só quero que me injectem uma overdose de alegria. Injectem-me um arco-íris e deixem-me sonhar.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Descoberta do Dia

Descobri este blogue: http://riyria.blogspot.pt/ e estou completamente rendido. Vale a pena ler, explorar e acima de tudo, aprender. Podem ter uma opinião diferente da minha, mas eu gostei muito!

sábado, 24 de novembro de 2012

Computer Out

Vou para a caminha quentinha, ouvir a chuva e ler isto:

A foto não é minha (os créditos estão na imagem) mas foi só porque não me apeteceu andar a tirar fotografias a esta hora. Depois digo como correu!

24-11

Passaram 13 anos desde que te vi pela primeira vez. Desde que cai no teu sorriso, me fui afogando no mar das tuas palavras, desde que perdemos a noite a falar de tudo e de nada, mais de nada. Foi nessa noite que me apaixonei. Não mais tarde, com tudo o que se passou. Foi a esse momento que fiquei agarrado como uma droga, era a essa altura que voltava sempre que perdia as forças, era o teu olhar nesse dia que procurava sempre que a vida me dava mais uma martelada e me enterrava cada vez mais fundo no poço de desespero de que só hoje, timidamente, vou saindo.
Tinhas a lua e as estrelas no teu andar. Movias-te como uma sombra, e mesmo assim ofuscavas todos em teu redor. Recordo-me das coisas mais estúpidas, da forma como fumavas, da marca que fumavas, do cheiro do teu perfume misturado com o cheiro do teu corpo.
Merda, como é o que o tempo passou assim? O que foi feito de nós? Dos nossos sonhos, das nossas promessas, da nossa vida? Como chegámos a este ponto, em que te quero telefonar, em que te quero escrever, em que quero falar contigo e não posso? Como é que chegámos ao ponto do único contacto que tenho contigo ser aquela flor, aquela única flor que te deixo no relvado do Alto de São João todos os anos?
Como é que te transformaste em pó? Como é que a merda do Universo pode ser tão injusta para te levar assim? Como podes ter feito o que fizeste? Não quero que penses que te aponto o dedo, pois não o faço. Apenas queria que estivesses aqui, foda-se. Hoje mais que nunca. E amanhã vou querer ainda mais que hoje. Nunca me esqueci de ti. Nunca me esquecerei de ti. As boas memórias misturadas com as horríveis, o teu corpo, as tuas mãos dadas com as minhas, o sítio escondido do qual vi o teu funeral, pois não me queria mentalizar que tudo pudesse ter um fim tão definitivo... tão real.
Só queria puder falar contigo uma vez mais. Queria pedir-te desculpa por tudo o que não consegui fazer. Queria pedir-te desculpa por ainda não ter cumprido todas as promessas que te fiz. Queria pedir-te desculpa por não te conseguir esquecer.
Enfim, que fiquem as boas memórias no resto do tempo. Que tudo o que te prometi vai ser cumprido, não tenhas dúvidas. Se não for hoje, amanhã será. Preciso de o fazer para puder viver... para puder respirar.