domingo, 6 de novembro de 2011

Moon Palace

Hoje falo do meu livro preferido. Não coloco fotografias, porque na verdade não percebo nada disto. Só vos quero dizer que também existem obras primas no século XX. Sou uma pessoa que não simpatiza com os Estados Unidos, no entanto o meu guru literário é norte-americano e a minha obra de eleição, aquela que nunca sai da mesa de cabeceira e que leio sempre que não tenho vontade de ler mais nada, ou quando já li tudo o que tinha para ler e não adquiri mais um menino, é norte-americana também (como é óbvio!).
Quem me conhece sabe do que falo, quem não conhece ou simplesmente nunca reparou, fica a saber que se me quiserem prender a uma conversa durante horas, basta dizerem na mesma frase "Paul Auster" e "Palácio da Lua". Não quero exagerar, porque é daqueles livros que ou se ama ou se odeia e daqueles autores que não são consensuais (já ouvi reputados comentadores a dizer que o Auster é literatura light e que o Palácio da Lua é um sucedâneo de má qualidade das obras do John dos Passos ou do Hemingway - juro que me deu vontade de lhes espetar uma marretada na cabeça e esconder rapidamente os corpos, mania terrível de comparar o que não é comparável, é que nem sequer está no mesmo patamar).
O livro envolve o Central Park, uma religião centrada no sexo, referências a Júlio Verne, outros livros, uma amálgama de emoções, desencontros e incertezas que me prenderam desde o momento em que peguei no livro. Identifico-me com a personagem principal (o genial Fogg) e com a franqueza da sua luta interior. Identifico-me com o seu desprendimento. Sei que não sou imparcial a falar disto. Mas desde quando é que o amor é imparcial?

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